Sexta-feira, 14 de Dezembro de 2007
De
reivamba a 28 de Abril de 2008 às 00:03
"Latifúndio" do Mestre Bárcia , a menina dos seus olhos, a terra da Calçada -um chão arenoso e organicamente pobre - enchia-lhe, bondosa, as tulhas . Batata, grão de bico e alguns cereais e legumes. A dois passos da residência, os bárcias , esmerados e laboriosos artesãos dos domínios agrícolas , tinham ali o quintal.
A família Bárcia revelava guardar um segredo. A antítese tem justamente esse fim místico: levar-nos à nossa própria ignorância, à consciência dela. Denuncia-se-nos o que é, por natureza ou força humana, oculto. O Mestre era um ser único: pacato e laborioso artesão e um bravo e frio guerreiro. Condensou em si uma história que, muito provavelmente, nunca virá a sê-lo. Terá prestado um grande serviço à nação e à humanidade, em vida; deixou porém uma péssima herança póstuma: sepultar a história.
São eternas as saudades da pessoa do Mestre.
Comentar post