Sexta-feira, 5 de Março de 2010

Foto de Fernanda Serra
De M. Oliveira a 5 de Março de 2010 às 18:45
A cancela vive só, desesperadamente só, e afunda-se na contemplação das montanhas que a cercam e
beijam o céu, para descerem até ao rio onde se retratam.
"Rio que levas as águas
Correndo de par em par
Lava esta terra de mágoas
Leva as mágoas para o mar"
Lá no alto, os espigueiros, fustigados pelo vento, lançam assobios em forma de melodias, que a cancela ouve e acompanha, baixinho.
"No alto daquela serra
No alto daquela serra
Está um lenço
Está um lenço de mil cores
Está dizendo viva, viva
Está dizendo viva, viva
Morra quem não tem amores"
Enquanto o vento sopra das montanhas, a cancela continua a entoar cantigas, que mais não são do que tristes lamentos...
Comentar post