Quinta-feira, 8 de Abril de 2010
De M. Oliveira a 9 de Abril de 2010 às 08:14
Entre pedregulhos e montanhas, assistindo à suavidade do amanhecer, vislumbramos a cancela, velhos pedaços de madeira, já musgosa, bordados a azul celeste.
Debruçada sobre o caminho, onde nascem malmequeres amarelos, vai pintando os dias com as cores da solidão.
Lá dentro, dentro da cancela, castanheiros velhos, muito velhos, braços erguidos para esmagar o silêncio, vão desafiando os dias, enquanto testemunham crenças e paixões.
E saudades!
Do tempo em que as mulheres, cesta no braço, abriam a cancela e se curvavam, vezes sem conta,
à volta dos castanheiros, recolhendo os frutos que se transformariam no pão de todos e de todos os dias.
E das conversas, das gargalhadas, das cantigas
com que acordavam as manhãs... da alegria que inundava o caminho, onde hoje até as pedras adormeceram.
Oa castanheiros já não dão castanhas, mas continuam a marcar a paisagem, estátuas vivas, imponentes estátuas, enquanto a mão do homem não as derrubar.
Até lá, os castanheiros serão, apenas, arte efémera na paisagem...
De Carolina F. a 10 de Abril de 2010 às 01:10
SOU UMA FREQUENTADORA DESTE BLOG, MAS APRAZ-ME DIZER QUE AGORA ME TORNEI UMA DUPLA VISITANTE ,POIS É UMA DELICIA LER OS SEUS COMENTÁRIOS. PARABENS.
CAROLINA
Comentar post